quarta-feira, 2 de setembro de 2015

EXCLUSIVO: peixe fora d'água vende picolé em açougue, veja as imagens!

Uma no cravo, outra na ferradura, diz o ditado. Depois de uma sequência de eventos em que o risco valeu o investimento, o ELF tropeçou jogando fora de casa na Parada Gráfica deste ano. Não que o evento tenha sido ruim (pelo contrário), só não houve coincidência entre o material do El Fanzine e o que a maior parte do público procurava, e por isso mais uma vez vamos "cantar derrota".

Autores do ELF quebrando a cara

Até vendemos bem - principalmente prints e shots, mas também esgotamos a carga de ELF 3 e ELF 2 que levamos. Comparativamente, porém, foi o mais fraco em vendas dos eventos dos quais participamos; como vendemos o almoço para comprar o jantar, qualquer centavo que caia dos nossos bolsos nos quebra.


Fechando as contas do ELF
Além de certa incompatibilidade entre o estilo do ELF e o estilo do evento, mais "hipster", ficamos no limbo: um galpão/oficina entre o casarão principal do Museu do Trabalho (local do evento), onde ficou a "primeira divisão", e o teatro, que reuniu vários autores como os amigos da Korja - onde os expositores ficavam mais espremidos, mas a frequência de público era muito maior do que onde estávamos.

Visitante atravessa o galpão do casarão para o
teatro enquanto Abc ajeita a mesa do ELF


Varal com prints e bandeira pirata do ELF na Parada Gráfica




















O galpão era apenas uma passagem entre as duas áreas principais do evento, o casarão e o teatro, onde acomodaram uns cinco ou seis expositores - dos quais apenas nós e um vizinho de mesa eram quadrinhistas, os demais trabalhavam com serigrafia e fotografia. Pouca gente passava por ali, menos ainda parava. Quem ia até lá geralmente procurava por pôsteres em serigrafia ou fotografia, e os interessados em quadrinhos iam direto ao casarão ou ao teatro, onde havia maior variedade.

Em alguns momentos o galpão ficou assim

Vacilamos ao fazer a leitura errada do estilo do evento, mas quadrinho independente não tem manual, então a gente aprende errando. A lição é priorizar agora somente eventos de quadrinhos e evitar feiras de design, artes gráficas ou qualquer tema que amplie o leque de interesses e reduza o foco. Nestas condições, ficamos torcendo por visitantes que lembrem um certo ex-prefeito do Rio de Janeiro, que pedia picolé em açougue.
Peixe fora d'água: agora só vale evento de quadrinhos

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